Por que a Microsoft usa o nome "Canary" na sua versão de desenvolvedor do Windows?
Você já se perguntou porque a Microsoft usa o nome
"Canary" na sua versão de desenvolvedor do navegador Edge e do
Windows? Neste post, vamos explicar a origem desse nome e o que ele significa
para os usuários que querem testar as novidades do Windows/ Edge antes de todo
mundo.
Por que os mineiros antigos levavam um canário para as escavações?
A origem dessa expressão remonta ao
século XIX, quando os mineiros de carvão usavam canários em gaiolas para checar
a existência de gases tóxicos nas minas. Os canários são mais sensíveis
a gases como o monóxido de carbono e o metano, que são invisíveis e sem odor
para os humanos.
Se o canário morresse ou parasse de
cantar, era um sinal de que o ar estava contaminado e que os mineiros deveriam
sair rapidamente da mina.
A versão Canary do Edge/Windows
De forma semelhante, a versão Canary do Edge/Windows é a
mais instável e experimental, (é como o ar contaminado das minas, por assim
dizer), pois recebe atualizações diárias com os recursos mais recentes que
estão sendo desenvolvidos pela equipe da Microsoft. Essa versão serve como um
teste para verificar se esses recursos funcionam bem e não causam problemas
graves de desempenho, segurança ou compatibilidade.
Os usuários dessa versão são os
canários das minas, “se o canário morresse ou parasse de cantar, era um sinal
de que o ar estava contaminado e que os mineiros deveriam sair rapidamente da
mina”; se esses caras (os canários) não entrassem primeiro, nós não teríamos as
versões estabilizadas que usamos depois deles.
A Microsoft deveria pagar um bônus
pra esses caras.
O Canário na mina de carvão
Alguns mineiros se apegavam tanto aos seus canários que os
levavam para casa depois do trabalho. Outros, porém, os viam apenas como
ferramentas descartáveis.
Como será que a Microsoft vê seus canários?!?!?!?!?
Os canários foram usados nas minas de carvão até meados do
século XX, quando foram substituídos por detectores eletrônicos de gases.
No entanto, a expressão "canário
na mina de carvão" continuou sendo usada para se referir a algo ou
alguém que serve como um indicador precoce de um problema grave.
Por isso, a Microsoft usa o nome “Canary” para nomear a sua
versão de desenvolvedor, que, a propósito não é recomendada para uso diário,
pois pode apresentar bugs, travamentos ou falhas, ou seja, tem gás tóxico nessa
mina/versão.
Pra quem é a versão Canary do Windows?
Ela é destinada aos usuários mais curiosos e entusiastas,
que querem experimentar as novidades do Edge em primeira mão e dar feedback
para a Microsoft. Além disso, a versão Canary permite que os desenvolvedores
web testem seus sites e aplicativos com as tecnologias mais avançadas do Edge e
do Windows.
No âmbito da Ciência
Por exemplo, alguns cientistas usam essa expressão para
falar dos efeitos das mudanças climáticas na vida selvagem. Algumas espécies
são mais vulneráveis às alterações de temperatura, umidade e habitat do que
outras, e podem ser consideradas como canários na mina de carvão do aquecimento
global.
Outro exemplo é o uso dessa expressão para falar da pandemia
de COVID-19. Alguns pesquisadores apontam que os casos assintomáticos ou pouco
sintomáticos da doença são como canários na mina de carvão, pois podem
transmitir o vírus sem saber e sem apresentar sinais visíveis de infecção.
Como você pode ver, os canários nas minas de carvão foram
muito importantes para a segurança dos mineiros antigos, mas também deixaram um
legado linguístico e cultural que ainda é usado nos dias de hoje; como é o exemplo
da Microsoft que usa o nome no seu programa de desenvolvedores (Versão Canary).
Se você quiser instalar a versão Canary do Windows, basta acessar o site oficial da Microsoft e baixar o instalador, mas precisa estar dentro do “Programa Windows Insider” para isso. Mas lembre-se: use a versão Canary por sua conta e risco, pois ela pode não funcionar como esperado.
Espero que você tenha gostado de aprender um pouco mais
sobre essa curiosidade histórica e que possa usar essa expressão em suas
conversas.